Países visitantes

Países visitantes: Brasil, Estados Unidos da América, Portugal, Alemanha, Rússia, Canadá, Reino Unido, Argentina, Espanha, Angola, Polônia, China, França, Israel, Venezuela, Ucrânia, Paraguai, Bolívia, Indonésia, Malásia, Grécia, República Tcheca, Iraque, Jordânia, Hong Kong, Itália, Austrália e India.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A importância de liderança intelectual na Igreja

O período histórico em que a Igreja Cristã se mostrou mais saudável, sem dúvidas, foi o período registrado no livro de Atos e, justamente por isso, é desse período que devemos buscar o modelo de Igreja mais apropriado. Mas ao compararmos as práticas dessa Igreja de 2000 anos atrás com a Igreja contemporânea, a diferença é gritante. A Igreja se preocupa muito no porquê de não alcançarmos os mesmos resultados da Igreja de Atos, mas nossa preocupação deveria ser menos em atingir os mesmos resultados da Igreja de Atos e mais com o modelo de Igreja que agrada a Deus, o modelo que Atos nos ensina. Não devemos focar nossa atenção no fim, mas sim no meio.

Os capítulos 17, 18 e 19 do livro de Atos revelam um principio declaradamente ignorado nos nossos dias – a importância de liderança intelectual na Igreja. O grande responsável pela expansão do Cristianismo naqueles dias, o Apóstolo Paulo era uma referência não só espiritual, mas também intelectual. Enquanto nós tendemos a mistificar por demais a pregação das boas novas, vemos que Paulo usava de toda sua habilidade intelectual para, literalmente, persuadir as pessoas a crerem em Jesus Cristo (At 17.4). Porque não deveríamos fazer o mesmo?

Paulo era um homem altamente intelectual que não perdia uma oportunidade de arrazoar com os gentios acerca das Escrituras (At 17.1) ou de enfrentar com argumentos, os filósofos da época (At 17.18), inclusive citando poetas pagãos por pelo menos três vezes em seus escritos (At 17.28, 1Co15.33, Tt 1.12) e ainda ensinando na Escola de Filosofia de Tirano (At 19.9). Outro que merece menção por sua habilidade de persuasão e oratória é Apolo que usava de suas habilidades naturais para convencer os judeus, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus (At 18.28). Em cinco ocasiões, apenas nesses três capítulos de Atos, são usadas as palavras persuadir (At 17.4, 18.4, 19.8), convencer (At 18.28) e arrazoar (At 17.2). Tais palavras se referem essencialmente ao uso do intelecto.

É notória a diferença entre como a Igreja de Atos encarava a importância do intelecto e como nós hoje a encaramos.
Qual cristão é citado como fonte de informação quando se trata de história, filosofia, psicologia, sociologia ou política? A Igreja nunca vai influenciar positivamente a cultura enquanto desprezar o valor pensamento, que é o que realmente move a cultura. O sociólogo John G. Gager apontou que apesar de a Igreja primitiva ter sido um movimento minoritário que enfrentou o desprezo e marginalização cultural e intelectual, ela só manteve a unidade interna e o testemunho corajoso por causa do papel dos intelectuais e apologistas Cristãos da época. A Igreja sabia quem eram seus intelectuais e apologistas e isso dava confiança e força para eles enfrentaram a marginalização pelo resto da sociedade.

Um comentário:

Eder Barbosa de Melo disse...

Concordo, é muito fácil influenciar, e as vezes manipular, as massas, desejo ver a atuação da Igreja entre a elite de pensadores desse país, nas universidades, fazendo parte e não se escondendo em seu mundinho ensimesmado. Enquanto isso não for realidade, a Igreja evangélica brasileira tende a crescer apenas nos guetos rotulada e marginalizada.

SEGUIDORES

OUTROS ARTIGOS